quarta-feira, 10 de junho de 2015

Halloween Storm: a maior tempestade solar já registrada


Entre o final de outubro e início de novembro de 2003, nosso Sol passou por um dos momentos de maior atividade já registrada, produzindo uma sequencia emblemática de explosões extremamente fortes que atingiram nosso planeta. Como o evento ocorreu próximo ao dia das Bruxas nos EUA, foi batizado por pesquisadores estadunidenses de Halloween Storm.
Flare solar Halloween Storm
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Durante os dias do evento o Sol produziu diversas explosões maiores que Classe X17, que lançaram em direção à Terra bilhões de toneladas de partículas carregadas. No primeiro impacto das partículas, o índice KP que mede a instabilidade ionosférica atingiu o nível 9 e a tempestade geomagnética que seguiu durou cerca de 60 horas, produzindo auroras boreais visíveis até em Miami.

Consequências da Explosão
No dia 4 de novembro de 2003 ocorreu a maior tempestade do Halloween Storm, a mais intensa já registrada por instrumentos. De acordo com os pesquisadores, essa rajada atingiu a classe X28, mas alguns estudos mostram que esse valor pode ter sido ainda maior. Os estudos indicam que o nível de raios-x pode ter ultrapassado a impressionante classe X45.

Para que o leitor tenha uma ideia da violência do evento, a explosão danificou 28 satélites, uma sonda na órbita de Marte e provocou um apagão na Suécia. Além disso, foi registrada por diversas naves interplanetárias, entre elas a Voyager, à época na orbita de Plutão.
Mesmo causando todo esse estrago, por sorte a área mais densa das partículas ejetadas não atingiu a Terra diretamente, passando de raspão pelo nosso planeta.
O satélite SOHO, que registrava o evento, ficou momentaneamente cego pela descomunal quantidade de energia que atingiu seus sensores, como mostra o vídeo acima.


Imagens: No topo, um extraordinário flare solar registrado em 22 de janeiro de 2012, o maior evento desde o Halloween Storm de 2003 e último grande evento do Sol nos últimos 12 meses. No vídeo, Halloween Storm de 2003, como registrado pelo Observatório Solar e Heliosférico SOHO. Créditos: NASA/ESA/SOHO Team, Everton dos Santos, Apolo11.com.

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